Eu, porque não comungo de qualquer religião, não sou perturbado com esta notícia. Mas os crentes? Os que devotadamente se entregam de corpo e alma ao catolicismo? Repudiam a notícia, revoltam-se indignados com ela, ficam duvidosos relativamente ao chefe supremo das suas crenças? Eu aceito a notícia como qualquer outra, não tenho esse problema espiritual da ligação religiosa. Não propriamente como qualquer outra, porque quem se diz estar acima dos valores terrenos, defender os valores mais elevados do espírito, ser a consciência dos homens, não deve dar motivos para que a suspeita de corrupção, do branqueamento de capitais, como os casos que nos surgem diariamente com os políticos, com os banqueiros, personalidades e organizações que deviam estar acima de qualquer suspeita, mas, lamentavelmente, estão aquém dos valores do cidadão comum.
A cúpula da igreja católica tem que dar sinais claros de que não é uma organização de traficantes com colarinhos brancos em que tudo vale para manter a magnificência, a ostentação, o excelso Poder.